sábado, janeiro 06, 2007

Os micro-aerogeradores, uma tecnologia com futuro

A tecnologia emergente dos micro-aerogeradores tem vindo a surgir como uma nova possibilidade de produção de energia para os pequenos consumidores.
Um sistema deste tipo, com potência de cerca de 1kW, consegue cobrir cerca de 30% das necessidades de uma pequena família, sendo o valor investido, por volta de 4000 euros, recuperado em seis ou sete anos.
Comparativamente às centrais fotovoltaicas é de referir que o custo de um sistema micro-aerogerador é inferior em cinco vezes ao custo de uma painel fotovoltaico de igual potência (aprox.).

Inicialmente, apenas se comercializavam micro-aerogeradores para carregar baterias, cujo impacto sobre o ambiente é bastante negativo, no entanto, os recentes desenvolvimentos no âmbito da legislação relativa à venda de energia à rede têm possibilitado uma perspectiva mais optimista quanto à adopção de sistemas deste tipo ligados à rede.
No caso de um sistema ligado à rede, não é obrigatório que a energia produzida seja exclusivamente para autoconsumo, havendo a possibilidade de poder rentabilizar excessos de produção, e evitar a necessidade de se possuírem as prejudiciais baterias de armazenamento. Pode dizer-se também que, neste caso, o período de retorno tem tendência a diminuir visto que a energia é completamente aproveitada.

O que torna a situação actual bastante atraente para o investimento em sistemas de produção de energia alternativos é a nova legislação de ligação à rede que se prevê ser aprovada já em Janeiro de 2007, altura em que se espera uma maior facilidade de atribuição de licenças de ligação.
A actual legislação prejudica bastante os pequenos produtores particulares visto que impõe as regras dos grandes produtores também aos pequenos, dificultando os licenciamentos.

A Associação Portuguesa de Energias Renováveis(APREN) foi um dos principais motores do surgimento desta nova legislação, tendo apresentado uma proposta de renovação onde constavam os seguintes tópicos: unificação dos dois regimes legais num único diploma, simplificação e descentralização do licenciamento e da ligação à rede de baixa tensão, fim da obrigatoriedade do autoconsumo e clarificação do processo de aplicação de tarifas.
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António Aguiar da Costa

14 comentários:

Anónimo disse...

No meu entendimento, um sistema de micro geração eólico só é interessante se:

- for instalado numa área onde o vento apresenta uma velocidade média anual acima dos 4m/s (a 10m de altura do solo);
- uma ligação à rede eléctrica não é possível ou é extremamente onerosa;
- o investidor tiver interesse em ser energéticamente independente, queira reduzir o impacto ambientel resultante da produção de electricidade e esteja confortável com investimentos a longo prazo;
- o investidor reconheça a natureza intermitente do vento e possua uma estratégia visando tal;
- o plano de ordenamento urbano tal o permita.
- o in

António Aguiar da Costa disse...

Hbaptista, no sentido de tornar a discussão o mais proveitosa possível, seria interessante dar a conhecer os argumentos em que se baseia para a fundamentação da sua opinião.

Anónimo disse...

A tecnologia eólica tem, como já referi, várias condicionantes de indole técnica. A mais significativa será a qualidade do vento ao qual vai estar exposto o micro aerogerador. Estudos demonstram que estes sistemas necessitam de ventos com velocidade de 3m/s (para um gerador de 0,25kW) para iniciar o funcionamento e que para funcionamento à velocidade nominal necessitam de aproximadamente 11m/s (para um gerador de 0,25kW) – Para um gerador de 6kW os valores são, respectivamente, 3,5m/s e 12m/s. Os 4m/s referidos no primeiro comentário são considerados como o valor médio minimo para uma exploração em regime “consumo próprio”. A questão da ligação à rede é mais complexa, uma vez que o distribuidor exige condições ainda mais restritivas como por exemplo ventos com velocidade média anual nunca inferior a 4,5m/s. Por estas razões, a escolha do local é fundamental e, à partida, muitos locais não têm condições para receber um micro aerogerador.

António Aguiar da Costa disse...

Aproveito para aqui deixar o link de uma jovem empresa que tem uma visão bastante optimista do futuro da micro-geração eólica e da sua possível ligação à rede.

http://www.autonomia.pt/main/

Anónimo disse...

A minha visão também é bastante optimista, no entanto é preciso aconselhar bem os investidores, explicando que nem todos os locais são elegíveis para a instalação de uma micro turbina. De facto, existe um potencial de poupança interessante, mas sempre sobre condições técnicas favoráveis. Para além do mais, o sistema de 1kW publicitado não é suficiente para abastecer de energia eléctrica uma moradia. Mais informo que, em regra geral, uma moradia (4 pessoas) utiliza uma potência de 6,9kVA (sensivelmente 6,9kW), pelo que estas micro turbinas são, essencialmente, úteis para situações de consumos eléctricos reduzidos.

Relembro aos investidores que os sistemas eólicos não são uma galinha dos ovos de ouro e que vem para resolver todos os problemas energéticos. Desta forma é necessário que todos estejam bem esclarecidos e conscientes do investimento sob pena de esta tecnologia ficar descredibilizada.

Anónimo disse...

Em jeito de conclusão acrescento que a eficiência energética é o melhor recurso que temos. Comparativamente à instalação de um micro aerogerador de 1kW, a eficiência energética é bastante mais atractiva sob os pontos de vista energético, ambiental e económico. Medidas como desligar a TV quando não está a ser utilizada, utilizar lâmpadas de elevada eficiência ou electrodomésticos também de eficiência elevada, proporciona aos utilizadores poupanças energéticas bastantes interessantes. E não são necessários 20 anos nem vento de intensidade média/elevada para começar a poupar. O futuro é hoje!

Anónimo disse...

afinal, vale ou não vale a pena pensar em comprar um micro gerador?

António Aguiar da Costa disse...

Essa é uma questão que depende de diversas variáveis, entre elas a localização e características do vento e os gastos mensais em energia, no entanto o que recomendo é a colocação desta questão a empresas que estão já a dedicar-se a isso e terão certamente a resposta adequada a cada caso.

Entretanto recomendo a visita ao seguinte site:
http://autonomia.pt/main/index.php?option=com_content&task=view&id=5&Itemid=29

Anónimo disse...

Em termos de rentabilização de investimento, para locais com vento médio, seria talvez mais interessante o recurso a sistemas mistos eólicos/PV para venda à rede.
No caso de consumo próprio, um sistema misto com uma unidade de armazenamento de energia, por exemplo, por elevação de água poderia contornar a necessidade de recurso a uma unidade de baterias mais robusta.

Anónimo disse...

Atenção que q potencia contratada não pode ser referencia para a potencia de um sistema de micro-geração, mas sim a energia consumida/energia produzida,pois um sistema de produçao de 1 kW pode bem assegurar as necessidades de uma habitaçao de 6,9 kVA, desde o numero de horas de vento seja suficiente para totalizar a energia consumida.

Anónimo disse...

Aerogeradores baratos 1 kw 1600 euros (sem iva), 2 kw 2800 euros (sem ivda),... Consultam o site e fazem por si... www.aerogeradores.blogspot.com

Anónimo disse...

Olá! Será que alguém me pode informar qual a distância de uma habitação se pode colocar um aerogerador?

Me and I disse...

Boa noite!
Gostava de saber mais sobre a avaliação da integração destes micro geradores em edificios. Será que alguem me pode ajudar em relação a sua instalação, preços, consumos, e viabilidade? Obrigada :)

António Aguiar da Costa disse...

Catarina,

Julgo que poderá encontrar a informação que procura em www.forumenergia.eu

Cumprimentos