terça-feira, janeiro 30, 2007

A importância das TIC para o Planeamento Urbano

Contribuição para o SmartEngineering de Sílvia Magalhães, Engenheira Civil e colaboradora da DST


Foram, na passada quarta-feira, dia 25 de Janeiro, apresentadas em Seminário no LNEC as conclusões de um estudo encomendado pela Direcção Geral Ordenamento Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU), a um grupo de estudos da Universidade de Aveiro sobre Tecnologias de Informação e Comunicação e o Ordenamento do Território.

Como refere Vitor Campos, Director Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano, “as TIC moldam e estruturam o território, estabelecendo vantagens comparativas entre territórios, em função não apenas do acesso às suas infra-estruturas físicas, mas também do acesso aos serviços que as suportam e aos serviços que nelas são suportados. Há uma tendência para o surgimento de novas economias de aglomeração determinadas pelas TIC, que (…) parecem contrariar a noção geral que aponta para uma maior flexibilidade nas opções de localização das actividades, por via da maior facilidade de comunicação e acesso à informação.” [1]
Neste âmbito, as TIC apresentam um potencial acrescido sobretudo ao nível da democratização na participação dos vários agentes, públicos e privados, envolvidos nos processos de planeamento urbano e na elaboração de Instrumentos de Base Territorial, por facilitarem a sistematização e rapidez nas consultas e discussões públicas necessárias aos mesmos processos. A sua utilização terá forte impacto sobretudo na próxima geração de PDM’s (embora 65% ainda se encontrem em fase de revisão), sendo crucial envolver desde já os municípios, de modo a considerarem a importância das TIC, não só nas neste tipo de acções de estratégia e desenvolvimento, como na própria gestão quotidiana dos seus territórios.
Foram identificadas outras potencialidades das TIC no âmbito do Ordenamento do Território nomeadamente, a melhoria da coesão social pela igualdade de oportunidades geradas pelo território (regulação do uso) e a criação de economias de aglomeração (desenvolvimento económico e social). A gestão das diferentes escalas (local, regional e nacional), é também de extrema complexidade, onde os volumes de informação são enormes, “distantes” e dispersos, problema que pode ser fortemente reduzido com a criação de redes de informação e partilha de conteúdos bem estruturadas.
O momento actual é também determinante pois avizinham-se importantes decisões ao nível do Planeamento Urbano. Em primeiro lugar, o novo enquadramento para o apoio estrutural comunitário no horizonte 2013 (QREN 2007-2013), em segundo, a concretização de alguns Instrumentos de Gestão Territorial, na medida em que o PNPOT será aprovado pelo Governo a curto prazo e os PROT estão em fase de elaboração, passando a abranger todo o território nacional a partir do final de 2007, além da actual fase de revisão dos PDM’s.



[1] Mais informações em
http://www.dgotdu.pt/TIC%2DOT/

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