Este método de análise de projectos é uma das principais ferramentas utilizadas para a avaliação geral dos diversos modos de falha, relativos a perdas de desempenho. Constitui uma ferramenta muito usada na indústria automóvel, aeroespacial e electrónica, para identificar, hierarquizar e eliminar potenciais falhas, problemas e erros dos sistemas a projectar (Stamatis 1995[1]). Esta ferramenta permite a obtenção de um parâmetro designado por Risk Priority Number (RPN), que é um produto de 3 índices: Ocorrência (O), Severidade (S) e Detecção (D).
Os índices O, S e D, considerados pelo método tradicional apresentam valores entre 1 e 10. O índice O refere-se à probabilidade da falha ocorrer, sendo o valor 10 atribuído a uma probabilidade elevada. O índice S mede a gravidade dos efeitos da falha, e o índice D diz respeito às possibilidades de detecção da falha, sendo o valor 1 atribuído a falhas em que a sua detecção seja quase certa, e o valor 10 a falhas quase impossíveis de detectar.
O valor designado por RPN é tradicionalmente obtido através do produto dos três índices acima descritos.
O procedimento FMEA geral é o seguinte[2]:
A análise das possíveis falhas nos diversos subsistemas é feita tendo em conta uma discretização da origem das falhas e dos seus efeitos finais. A análise FMEA deve abranger todo o processo de falha, sendo desejável a representação, para cada falha, de um esquema de propagação da mesma, que poderá até permitir prever consequências de falhas que, à primeira vista, não seriam equacionados, assim como prever acções de manutenção ou correcção ao nível das diversas fases de propagação da falha.
António Aguiar da Costa
[1] Stamatis, D. H., 1995, “Failure mode and Effect Analysis”, ASQ Quality Press, Milwaukee, WI.
[2] Wilcox R et al, Risk-informed regulation of marine systems using FMEA, Ship symposium 1996
[3] A optimização da Manutenção, Miit - Serviços de Engenharia
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