





Complex systems, management and technologies
Figura 1. Imagens obtidas por modelação virtual do LDAC
Novas Tecnologias aplicadas
No desenvolvimento do projecto, o gabinete “View By View” representou o Dono-de-Obra e actuou como coordenador de projecto e da construção, actuando assim ao nível das diversas especialidades. Neste caso a recorrência ao formato BIM deu-se numa fase final de projecto, pois grande parte tinha já sido concebido em 2D, no entanto agora, nesta fase, pretendia-se criar um modelo mais próximo do real e que fosse útil para fases posteriores do projecto e da obra.
Figura 2. O modelo BIM do Letterman Digital Arts Center.
Quando se elabora um projecto tridimensional, em que se pretende considerar a maior informação possível, é necessário que os diversos membros da equipa de projecto participem e colaborem: arquitectos, engenheiros de estruturas, mecânicos, electrotécnicos e hidráulica, fornecedores e produtores.
Nesse sentido, o pirmeiro passo foi a criação de um modelo estrutural 3D, ao qual se adicionaram os componentes de arquitectura, e só depois os elementos MEP (mecânicos, eléctricos e hidraulica). Este único modelo foi criado com a colaboração de todos os intervenientes, tendo sido criada uma ligação em rede entre eles, e implementado um processo de actualização do modelo e protecção da informação passada. Através deste método, a facilidade de comunicação foi incrementada significativamente.
O modelo de informação 3D possibilitou que alguns erros fossem detectados, alguns deles devidos a conflitos de desenhos 2D desactualizados, outros que surgiram devido a falhas na comunicação entre as diferentes especialidades.
Figura 4. A duas imagens da esquerda mostram os conflitos existentes entre a estrutura metálica da cobertura e as paredes do edifício. A imagem da direita salienta uma das soluções consideradas.
Figure 5. Exemplo de uma dificudade de coordenação na instalação dos elevadores, detectada e resolvida através do uso do BIM
O modelo 3D acompanhou ainda a construção do projecto, mostrando-se bastante eficaz na detecção de incoerências de projecto, apoiando também a construção no que diz respeito ao seu processo construtivo.
Contudo, nem todos os erros foram detectados, sendo a principal razão para isso o facto de o modelo integrado BIM, neste caso concreto, não ter sido produzido logo desde o início do projecto.
Figure 7. Um gráfico mostrando os custos implicados por incorrecções de projecto. Usando o BIM os erros foram detectados na zona laranja, caso contrário provavelmente apenas seriam detectados na zona vermelha.
Para além de permitir resolver problemas de coordenação de projecto, o BIM apresenta outras potencialidades:
-Utilização do Bim como base de apoio para a construção, visto que possui toda a informação necessária
-Simulação virtual de situações de emergência
Figure 9.Usando o BIM para verificar a acessibilidade dos parques subterrâneos.
- Simulação dos processos construtivos (4D simulation)
-Utilização do BIM para actividades de gestão e manutenção de infraestruturas
-Informação e imagens obtidas em artigo de Mieczyslaw Boryslawski (the Founder of View By View, Inc)
(imagem retirada do Google Earth)
Relativamente à reciclagem aplicada às vias de comunicação, refere a Agência Lusa que duzentos e cinquenta quilómetros de estradas portuguesas foram construídas ou recuperadas desde 1999 com borracha reciclada de pneus velhos, um projecto desenvolvido pela empresa Recipav, do grupo Águas de Portugal.
Nos últimos sete anos foram produzidas 16.700 toneladas de Betume Modificado com Borracha (BMB), através da reutilização de 640 mil pneus.Em Portugal, o BMB utilizado incorpora menos de dez por cento da mistura aplicada na construção ou reconstrução dos pavimentos.Para uma estrada comum utiliza-se o equivalente a cerca de um pneu por cada metro quadrado de estrada, ou seja, quatro mil pneus por quilómetro.A Recipav defende que a utilização de BMB - que junta borracha ao betume - tem várias vantagens face ao betume tradicional, nomeadamente um aumento na resistência ao envelhecimento e na elasticidade, diminuindo o aparecimento de fissuras à superfície dos pavimentos.Segundo estudos da Recipav, o BMB reduz os custos de manutenção dos pavimentos e aumenta o atrito no contacto pneu/pavimento.
(Informação fornecida pelo Instituto Nacional de Estatística)
Análise sucinta dos gráficos apresentados
Uma análise breve indica-nos que o comportamento do índice de custos apresenta uma oscilação do tipo sinusoidal, bastante evidenciada no primeiro gráfico e menos evidente no segundo, sendo o seu período, para os índices de custos de construção nova aproximadamente igual a 1 ano. No caso do segundo gráfico a variação não é tão simples não surgindo um período evidente de mudança de fase.
Relativamente aos índices de Construção Nova pode dizer-se que não apresentam variações sazonais importantes e que a sua amplitude de variação parece estar a diminuir, o que pode querer indicar uma necessidade de reajuste da variação.
Por outro lado, ainda relativamente ao primeiro gráfico, observa-se que a amplitude do custo dos materiais é superior ao da mão-de-obra, o que se compreende devido à maior especulação do mercado relativamente às matérias-primas e ao custo da energia associada à sua produção.
Concretamente ao índice de Preços de Manutenção e Reparação Regular da Habitação verifica-se que a tendência é de crescimento deste índice (veja-se linha de tendência a vermelho no gráfico seguinte que une pontos mais baixos do índice Total).
Esta tendência crescente poderá alertar o mercado para a maior sensibilização das necessidades de Manutenção e Reparação, que ganharam, nos últimos anos, uma maior visibilidade e têm sido alvo de maior procura. No entanto, a maior procura não estará ainda a ser compensada com uma maior oferta, no meu ponto de vista, o que tem levado à elevação dos índices de custo. No caso dos produtos este crescimento tem sido bastante considerável, apontando-se esta área de mercado como sendo bastante atractiva num futuro próximo.
Ainda há muito para fazer não há?
"O caminho nem sempre é fácil de percorrer, mas um dia olharemos os nossos sapatos com afeição",
by António Aguiar da Costa
Construído há 35 anos tinha sido inspeccionado o ano passado.
As razões do colapso estão ainda a ser averiguadas, esperemos por novas informações.