A ideia inicial partiu de Álvaro Azevedo, professor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que a desenvolveu com os então alunos finalistas António Pedro Simões da Silva Braga, Hugo Jorge Ribeiro Pinto e Joana Pascoal Teixeira, no âmbito da disciplina Projecto em Estruturas da licenciatura em Engenharia Civil.
Orçada em 2.360 mil euros, a solução passaria pela construção de uma ponte leve e o mais transparente possível, "para não tapar a obra de arte que é a Ponte D. Luís", explica Álvaro Azevedo. A nova construção, que ficaria a jusante da D. Luís, seria "invisível para quem a observa de longe, mas marcante para quem a atravessa", lê-se no projecto.
A ponte teria interesse histórico, já que apresentaria "bastantes semelhanças" com a Pênsil original, inaugurada em 1843 e demolida após a abertura da D. Luís, em 1886. Mas adequar-se-ia às exigências de construção e segurança actuais, recorrendo a materiais modernos, como fibra de carbono, aço e vidro laminado. Seria mais "leve" e "eficiente".
O pilar de pedra da Pênsil original do lado do Porto, que ainda existe, seria aproveitado, enquanto que do lado gaiense teria que ser construída uma réplica.
Na fundamentação [PDF] do projecto, refere-se que a "reduzida dimensão dos passeios do tabuleiro inferior da Ponte Luís I", aliada ao "elevado volume de tráfego rodoviário" "torna a travessia pedonal para a outra margem pouco convidativa e mesmo perigosa".
Há, por isso, "uma certa urgência" na "construção de uma passagem pedonal que dinamize o intercâmbio entre as cidades de Porto e Gaia, nomeadamente ao nível dos seus principais pólos de atracção turística". "É muito mau, é horrível para os peões", afirma Álvaro Azevedo.
Nas contas do professor, já houve "quatro ou cinco" projectos para uma ponte pedonal, mas as ideias nunca sairam do papel. Álvaro Azevedo já entregou o projecto às câmaras municipais, mas admite ser "difícil" que desta vez seja diferente, já que as duas autarquias têm "ideias diferentes" relativamente à construção de uma ponte deste tipo.
No ano passado, a Câmara de Gaia mostrou-se a favor da criação de uma ponte para peões, encomendando um projecto ao engenheiro Adão da Fonseca, mas a obra não avançou. O projecto estava orçado em 10,5 milhões de euros, um valor cinco vezes superior ao fixado na proposta vencedora do Prémio Secil Universidades 2006.
Engenharia Civil 2006
- Estudo Prévio de um Passadiço sobre o Rio Nabão (Tomar)
- Museu de Escultura de Caxias
- Convento do Salvador em Alfama, Lisboa
- Hammam*, Évora
“(*) Termo geralmente usado para referir uma tipologia arquitectónica predominante no mundo Islâmico e relativa a salas de banho públicas e privadas. O hammam tem origem na arquitectura Bizantina e constitui um elemento fundamental da cidade Islâmica.”
2 comentários:
Não considero essencial um investimento de 2000 mil euros para uma travessia pedonal entre o Porto e Gaia, principalmente por já existir o tabuleiro inferior da Ponte Luiz I 10 metros ao lado. Mais, não julgo correcta a afirmação que a travessia pedonal existente seja inadequada sob o ponto de vista de segurança ou disponibilidade.
Hbaptista, sou da mesma opinião, pelo menos no estado em que economia nacional está.
De qualquer forma o que é mais importante e meritório de reconhecimento é o bom trabalho destes alunos, que estão de parabéns pelo projecto que desenvolveram.
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