A Engenharia de Sistemas assume-se nos tempos modernos como uma disciplina de integração e optimização indispensável a qualquer sector de actividade de uma sociedade.
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A inevitabilidade da existência de unidades elementares que apresentam comportamentos distintos quando actuam individualmente ou em conjunto, obriga a que todas as relações sejam consideradas e analisadas de forma cuidada. A complexidade dos sistemas actuais obriga a que as análises sejam feitas de forma sistemática e metódica, aplicando-se técnicas científicas de concepção, análise, controlo, optimização, simulação e previsão.
A Engenharia de Sistemas é uma àrea científica transversal que abrange estas problemáticas, e que se apresenta no século XXI como uma disciplina de desenvolvimento e aplicação inevitável.
A Engenharia de Sistemas é uma àrea científica transversal que abrange estas problemáticas, e que se apresenta no século XXI como uma disciplina de desenvolvimento e aplicação inevitável.
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No caso da Engenharia Civil, podem referir-se inúmeras formas de aplicação da Engenharia de Sistemas, por exemplo através da optimização e controlo da cadeia de produção, da implementação de sistemas de apoio à decisão no contexto da concepção, da estruturação e controlo de sistemas de informação e redes de trabalho, da modelação e simulação da cadeia de produção, da simulação da interacção entre o produto final e o utilizador, ou a modelação e simulação das infra-estruturas tendo em vista a sua concepção. Inevitável é também a sua intervenção ao nível da gestão financeira dos empreendimentos, da calendarização das actividades inerentes a toda a vida útil da infra-estrutura (operação e manutenção) e dos estudo sócio-económicos inerentes a obras de impacto relevante.
Uma análise sobre as tendências do sector da Construção torna evidente que a evolução passa por um repensar da indústria da construção, em que cadeia de produção deve ser fluida, sem backflows e com takt times dos diversos intervenientes o mais próximos possível. A transparência desta cadeia e a pull capacity dos seus intervenientes devem ser estimuladas, com o objectivo de se criarem ligações eficientes entre eles, possibilitando intervenções sobre a valorização do produto mais eficazes.
As novas tecnologias têm também um papel importante nesta modernização, nomeadamente a nova tecnologia de modelação designada por Building Information Modeling (BIM), que permite a fusão de toda a informação num ambiente tridimensional, no qual todos os intervenientes podem trabalhar directamente, estando criadas condições favoráveis para a gestão virtual de toda a vida útil de uma infra-estrutura, contexto em que surge a Engenharia de Sistemas como protagonista principal, num esforço dinâmico pela reinvenção da Construção.
Assim, a Engenharia de Sistemas surge como uma ferramenta de estruturação de um sistema de produção optimizado e flexível, preparado para desempenhos mais exigentes, ficando desde já o apelo à sensibilização para o desenvolvimento de sinergias rumo à optimização dos sistemas.
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António Aguiar da Costa
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