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15 de Dezembro 06 António Câmara vence galardão
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O professor António Câmara foi galardoado com o Prémio Pessoa 2006. Pela primeira vez em 20 anos, o prémio foi atribuído a uma figura da área das ciências da informação, distinguindo a importância da inovação em Portugal.
António Câmara, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e fundador da empresa de novas tecnologias YDreams, foi galardoado, esta sexta-feira, com o Prémio Pessoa 2006.«Foi uma surpresa para mim, nunca pensei porque o perfil dos antigos vencedores não era exactamente o meu, que é um misto de universitário e empresário», afirmou António Câmara, em declarações à TSF.O júri decidiu atribuir o Prémio Pessoa 2006 - no valor de 50 mil euros - pela primeira vez, em vinte anos de existência, este premiou foi entregue a uma personalidade da área das novas tecnologias. «É uma das figuras mais representativas de uma nova área de conhecimento aplicado», designadamente «as tecnologias de informação e a realidade virtual», que tem tido, nos últimos anos, «uma expansão notável no nosso país», explicou à TSF, Pinto Balsemão, presidente do júri. Segundo os responsáveis pela atribuição do prémio, o galardão congratula também «o entendimento contemporâneo de uma missão da universidade», bem como «o reconhecimento da importância de uma actividade empresarial ao serviço da sociedade».António Câmara, com 52 anos, sonhava em ser tenista quando estudava engenharia, mas acabou por se destacar como pioneiro na investigação em informação geográfica.Criou a empresa YDreams, um caso considerado de sucesso na área do software para multimédia, realidade virtual e computação móvel, foi consultor da «Parque Expo98» e liderou três dezenas de projectos de investigação científica, para além de muitas outras iniciativas que levou a cabo.O Prémio Pessoa é atribuído anualmente, desde 1987, a uma personalidade portuguesa com intervenção relevante na vida científica, artística ou literária do país. Nas últimas edições foi atribuído a personalidades, como Maria João Pires, Cláudio Torres ou António Ramos Rosa.
Texto retirado do site www.tsf.pt
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Este prémio surgiu como uma manifestação inequívoca de uma necessidade de mudança. Na verdade, como foi dito acima, pela primeira vez em vinte anos este prémio foi atribuído a uma personalidade na área das novas tecnologias. Ao mesmo tempo, uma personalidade que representa uma das necessidades mais urgentes do ensino universitário: a ligação entre a sociedade, o mercado empresarial e a o mundo universitário. Segundo o próprio, a surpresa foi grande pois o perfil dos antigos vencedores não era o dele, um misto entre empresário e universitário. Mas porque não é este o perfil de um possível vencedor?
A resposta surpreendente foi finalmente dada através deste prémio, um incentivo para o esclarecimento de que o ensino universitário deve ser um dos principais motores da sociedade e do mundo empresarial e um premiar do trabalho de um engenheiro civil que decidiu tentar a sua sorte.
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António Aguiar da Costa
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