O bastonário da Ordem dos Engenheiros considera que os projectos do novo aeroporto, na Ota, e do TGV deviam ser repensados.
Entrevistado no domingo no programa "Diga Lá, Excelência", da Renascença, “Público” e Dois, Fernando Santo questionou as opções tomadas pelo Governo e defendeu que ainda há tempo para travar os dois mega-projectos.
Entrevistado no domingo no programa "Diga Lá, Excelência", da Renascença, “Público” e Dois, Fernando Santo questionou as opções tomadas pelo Governo e defendeu que ainda há tempo para travar os dois mega-projectos.
No caso da Ota, o bastonário denuncia os elevados custos, devido à localização escolhida e interroga-se sobre o facto de terem sido apontadas apenas duas opções.“Quando aparece como praticamente única solução, ou a dicotomia Rio Frio e Ota, eu não estou convencido, como não deve estar a maioria dos engenheiros”, porque a fundamentação apresentada “é política”.“Eu julgo que pode haver outras soluções e o Governo tem a responsabilidade de encontrar outras alternativas”, defende, considerando, porém, que o “ministro das Obras Públicas terá esse bom senso”.
Na mesma entrevista, Fernando Santo critica também a estratégia decidida para o projecto do comboio de alta velocidade. Em seu entender, reforçar a posição central de Madrid não é a melhor opção, mas sim “criar uma linha de penetração nas ligações norte-sul”.Dentro de Portugal, o bastonário coloca a seguinte questão: “Gastámos tantos milhões na modernização da Linha do Norte, porque é que vamos fazer um TGV entre Lisboa e Porto, poupando meia hora ou uma hora, quando com um bocadinho mais de esforço poderíamos optimizar os investimentos que fizemos no actual comboio?”.
in RR
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