A Autodesk Portugal espera um crescimento da facturação entre 26 e 27% em 2007, depois de aumentar 20% o seu volume de negócios no primeiro semestre, indicou o director-geral da empresa.
Jorge Horta revelou à agência Lusa que o software de sistemas de informação geográfica (SIG) "é uma área de grande crescimento" da procura e as aplicações informáticas das áreas da arquitectura e da mecânica registam igualmente "um bom crescimento".
O director-geral da Autodesk Portugal assinalou que o negócio da empresa com a administração pública "correu muito bem no primeiro semestre mas deverá desacelerar no segundo", indicando que as vendas foram lideradas por produtos que geram modelos a três dimensões.O mesmo responsável indicou que a administração pública representa pouco mais de um quarto das vendas Autodesk em Portugal, com a administração local a apresentar "claramente o maior peso nas vendas para a administração pública".Jorge Horta adiantou que as compras da administração local se centram nas áreas do SIG, topografia, construção de edifícios e infra-estruturas de saneamento básico e rodoviárias, observando que o Civil 3D, que permite integrar a topografia do terreno e SIG e fazer o cálculo da movimentação de terras para construção de uma estrada, é um dos mais vendidos aos municípios.
O director-geral da Autodesk defendeu que "um dos grandes desafios para os próximos anos é a elaboração de modelos digitais em diversas áreas que permitam simulações", em que qualquer alteração de um pormenor é automaticamente repercutida em todo o modelo.O responsável da Autodesk em Portugal apontou como exemplos o projecto Vale do Minho Digital, que utiliza software Autodesk e uma base de dados relacional Oracle, permitindo construir modelos digitais e visualizar a ocupação do território com simulações de construção de infra-estruturas ou edifícios.
"A digitalização do território permite perceber em modelo o impacte de decisões que se venham a tomar" precisou, observando que os projectos de "cidades digitais" estão a converter a informação de grande parte do país para formato digital.Como exemplo de um projecto que implica SIG e modelação do território, Jorge Horta apresentou o programa de detecção precoce de fogos, desenvolvido pela Optimus e pela PH Informática, que foi testado no ano passado e através da triangulação de informação enviada pelas torres de vigia permite localizar com exactidão o incêndio e actuar precocemente.
O responsável da Autodesk salientou que outro exemplo das vantagens da "prototipagem digital do território é a possibilidade de simular o impacte do tráfego" no território.Outro caso de utilização de modelos é o software "Termobuild", em desenvolvimento pelo STTEI (parceiro Autodesk), que se conjuga directamente com um software de simulação térmica do INETI e permite saber qual vai ser a classificação térmica de um edifício a partir do projecto, indicou.Jorge Horta recordou que as regras europeias obrigam à certificação térmica dos novos edifícios para garantir baixas perdas térmicas, tendo em conta que 30% do consumo de energia da União Europeia vem dos edifícios.Este responsável sublinhou que a lei portuguesa é das mais exigentes da Europa neste domínio e Portugal será dos primeiros países a dispor de um modelo de simulação térmica de edifícios a partir do projecto.
Jorge Horta salientou que actualmente o planeamento tem de ser cada vez mais rápido, os projectos têm de ser desenvolvidos mais depressa e ser passíveis de alteração rápida em função das condições que se encontram na sua execução, com "exigências de redução de custo cada vez mais apertadas"."São necessários processos cada vez mais sofisticados na gestão das indústrias e dos serviços mas isto está também a chegar ao Estado" e a administração pública "tem de técnicas cada vez mais sofisticadas para reduzir custos de gestão" dos projectos, assinalou.
1 comentário:
É natural, quando o AcadLT 2008, a custar na europa o dobro do preço dos Estados Unidos e Canadá, e a não ser possivel comprar oneline, naqueles paises.
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