O mundo virtual do Second Life tem verificado um crescimento acentuado nos últimos anos, antevendo as suas potencialidades como plataforma de comunicação e simulação. Prevê-se que este crescimento continue a sentir-se e se desenvolvam cada vez mais funcionalidades e ferramentas direccionadas para este conceito de virtualização da realidade.
É importante que, a par da tecnologia, a sociedade faça um esforço para analisar os benefícios que podem ser gerados através da incorporação deste novo conceito de informação.
A Beta Technologies, empresa portuguesa de «arquitectos do mundo virtual», tem em carteira cerca de 50 projectos internacionais relativos ao Second Life, uma ferramenta que usa a Internet para simular uma vida paralela à real e que conta com mais de 10 milhões de utilizadores. «No Second Life podemos fazer essencialmente os mesmos negócios que fazemos na vida real. Para já, as áreas de negócio que se têm desenvolvido mais são o marketing, o tele-trabalho e as conferências», afirmou Jorge Lima, fundador da Beta Technologies, durante o evento “Mundos Virtuais”, que teve lugar ontem no Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). O evento, organizado por alunos e professores da FCTUC, reuniu cerca de 40 pessoas e procurou explorar as novas possibilidades do mundo virtual, reunindo especialistas, empresas e público interessado no tema. A empresa Beta Technologies é responsável por dezenas de projectos que chegam de todo o mundo para serem construídos no Second Life. «Já construímos inúmeros edifícios, filmes, eventos, veículos, jogos e muito mais», afirma Jorge Lima.«Um dos trabalhos que realizámos foi a representação de teatros europeus, desde a Antiga Roma até aos mais modernos. Alguns já não existem. O objectivo é auxiliar empresas e universidades que precisam de informação sobre determinados locais», afirmou.«Uma vez um cliente internacional, que vende bombas de água, insistiu para nós criarmos essas bombas de água no Second Life. Queria mostrar como uma bomba de água pode ser colocada em África para auxiliar uma aldeia com 150 pessoas», exemplificou.
O responsável considerou ainda que, tal como na vida real, «a comunicação é um dos projectos mais interessantes e complexos do Second Life».O Second Life utiliza a Internet para criar um ambiente virtual que simula a vida real e social do ser humano. Tal como na realidade, o utilizador pode conhecer pessoas e realizar tarefas lúdicas. Mas o Second Life é cada vez mais uma ferramenta séria de trabalho, que favorece o comércio virtual, a troca de informação e a realização de reuniões e palestras, formando uma rede social virtual completa. Em inglês Second Life significa “segunda vida”, porque cria uma vida paralela à real. No início, o utilizador cria um avatar, o seu alter-ego no mundo virtual. A configuração do avatar é vasta. Constituição física, roupa ou a cor de pele são alguns dados que podem ser escolhidos.Depois o utilizador é lançado no universo virtual, tendo liberdade para construir uma casa, adquirir uma profissão ou simplesmente passar o tempo a comunicar. Milhares de edifícios e espaços virtuais são copiados do mundo real. Este ambiente virtual tem recebido atenção especial por parte das instituições.
A NASA já anunciou que, ainda durante 2008, vão utilizar o Second Life para realizar experiências científicas, incluindo uma viagem à lua, aproveitando o reduzido custo de produção. A universidade de Coventry, Inglaterra, dá aulas de medicina, através do Second Life. O potencial é enorme. Em Portugal, os Da Weasel estrearam um novo trabalho musical no Rock Rendez-Voz existente no Second Life e a Universidade de Aveiro está representada no Second Life desde Maio de 2007. São apenas exemplos de um universo que tem actualmente mais de 10 milhões de utilizadores mundiais, 50 mil são portugueses.
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