sábado, junho 30, 2007

Segway

Ainda sobre os Segway:

http://www.ipl.pt/politecnia/n10/segway.pdf

http://www.apve.pt/upload/docs/exame_inf_05_2004.pdf

O Segway já está em Portugal para ser testado pela AVPE (Associação Portuguesa do Veículo Eléctrico) e para que se consiga regulamentar a sua circulação nas vias públicas. Com dois cavalos, controlo do movimento das rodas e vários microprocessadores, o veículo do século XXI não polui e promete mudar os hábitos de mobilidade dentro dos grandes pólos urbanos, apresentando actualmente um preço de cerca de 5.500 euros.

quarta-feira, junho 20, 2007

Embate de barco colapsa ponte

Notícia enviada para o SmartEngineering por Horácio Luís Baptista

Um troço de 200 metros da ponte Jiujiang, no sul da China, desabou depois do choque de um navio.
No momento em que o acidente ocorreu, a visibilidade era fraca por causa de nevoeiro.


sábado, junho 16, 2007

A questão ambiental

Expresso, 16 de junho de 2007 : "1/5 dos esgotos de Lisboa vão directos para o Tejo"
.
Esta notícia levou-me a pensar no Aeroporto de Lisboa. A questão da avaliação do impacto ambiental não pode, quanto a mim, ser feita independentemente da situação ambiental global do país.
Isto é, que interessa ter um aeroportorto super optimizado em termos ambientais, e que por isso levou a gastos adicionais de milhões de euros, quando os esgotos de 1/5 da população de Lisboa ainda vão para o Tejo? Será que devemos encarar cada nova obra como um começar de novo ou como uma decisão envolvida pelo contexto presente?
Quanto a mim deve existir uma continuidade estratégica na avaliação ambiental e um reconhecimento de que o dinheiro permite efectivamente reconversões importantes do passado e por isso o peso de impactos presentes pode ser atenuado por melhoramentos significativos de outros impactos já existentes.
Assim, se uma opção de projecto pode significar a destruição de alguns hectares de sobreiros, por exemplo, o que me parece honesto avaliar é se o dinheiro poupado nesta opção permite trazer uma futura mais valia ambiental superior ao impacto criado, mesmo que não directamente relacionado.
.
.
.
Antonio Aguiar da Costa

sexta-feira, junho 15, 2007

Ordem dos Engenheiros


A Ordem dos Engenheiros é a grande responsável pela acreditação técnica dos Engenheiros em Portugal. Quer isto dizer que zela pelos interesses de todos garantindo a qualidade da Engenharia praticada. Mas será que este tem tido um papel suficiente no que diz respeito à representação da Engenharia?

A existência de uma entidade como a Ordem deveria, quanto a mim, ultrapassar um pouco mais esta posição. Parece-me que garantir a qualidade não chega pois a necessidade de qualidade é dia após dia mais exigente e deve, dia após dia, ser estimulada. É neste sentido que a Ordem deve também actuar, delineando estratégias de sensibilização dos Engenheiros, através de formações gerais em áreas que considera estruturantes ou através de intervenções consistentes e contínuas na sociedade.
Encarar a sustentabilidade, a qualidade estética e funcional para além da estrutural, questionar as necessidades actuais de desenvolvimento e, porque não, procurar gerar alguma riqueza para que possa servir da melhor forma a Engenharia. Não apenas à custa das quotas pagas mas recorrendo a serviços prestados ao sector, principalmente através da vasta informação e bases de dados que possui. Um investimento num portal para apoio e serviços seria, por exemplo, rapidamente rentabilizado.
Acresce ainda a necessidade de referir que a Ordem dos Engenheiros zela pela imagem dos próprios Engenheiros. É ela que garante a sua posição na sociedade e a sua importância no mercado. E parece-me que essa não tem vindo a ser estimulada: os Engenheiros Civis são hoje menos reconhecidos que antigamente, os Engenheiros Informáticos são muitas vezes confundidos com técnicos de informática, e outros exemplos poderiam ser dados com facilidade. A imagem da Engenharia Portuguesa no estrangeiro deveria também ser favorecida pela intervenção da Ordem.

A meu ver a Engenharia deve, antes de mais, ser vista como uma forma de pensar e intervir na sociedade e por isso a Ordem, antes de defender a continuidade da profissão, deve pensar a Engenharia.
.
.
.
Antonio Aguiar da Costa

quinta-feira, junho 07, 2007

Imaginar a mobilidade 2

.
.
O investimento público em transporte deve ser feito em infraestruturas pensadas à imagem de cada um de nós. Deve ter em consideração o ambiente e o conforto de todos. Deve constituir um compromisso social, que responsabilize cada cidadão.
A complexidade da sociedade deve ser encarada com lucidez. Analisar o serviço de transportes actual representa uma aproximação à falta de compreensão da natureza humana. Será alguma vez possível existir um serviço de transporte que possibilite a liberdade e flexibilidade que cada um de nós gostaria de ter?
O assunto do dia é exactamente o ambiente e as crescentes exigências de conforto. Diminuir a poluição atmosférica e sonora é um dos objectivos da sensibilização para o uso de transportes. Resta saber se, no limite, o impacto dos transportes urbanos actuais é tão diminuto quanto o desejado.
Imaginemos que amanhã todos utilizariamos o serviço de transportes que existe actualmente. Óbviamente ter-se-ia que aumentar a capacidade dos equipamentos existentes e a sua frequência. Mas será que neste panorama a poluição e o impacto sobre o meio seria tão reduzido quanto o desejado?
No meu esforço por imaginar a mobilidade urbana surge-me o pensamento de que a sociedade deve ser encarada através da sua complexidade e deve pensar-se com a ousadia de permitir emergir a inovação.
A necessidade de liberdade e flexibilidade deve ser uma prioridade. Por outro lado, a estratégia deve cair sobre a concepção de um sistema que permita a curto prazo a diminuição evidente dos impactos. É neste contexto que surge o segway (ver imagem acima). Pensemos: será mais fácil desenvolver veículos ecológicos eficientes de pequenas dimensões ou de grandes dimensões? A resposta parece simples. Os de pequenas dimensões parecem ter maiores potencialidades de eficiência. E quanto à flexibilidade e liberdade? O segway parece-me também um transporte adequado.
Claro que os percursos mais longos não são possíveis de fazer com o segway. É aqui que entram os transportes de maiores dimensões, que devem permitir o transporte dos próprios segways e devem ter percursos axiais, sem grandes ramificações, ligando pontos com raios de abrangência de cerca de 3 km.
As infraestruturas deveriam então ser alteradas para que fosse possível a facil circulação destes veículos individuais. Estimular o seu uso começa exactamente pela criação de infraestruturas de mobilidade. Era aqui que queria chegar. O sistema publico de transportes deve focalizar o seu investimento na criação de plataformas de mobilidade que ousem alterar os preconceitos actuais de transporte e estimulem novas formas de deslocação.
Poderíamos pensar, porque será que ninguém se desloca em bicicleta nas principais cidades do País? Será que a culpa é da tão citada morfologia do terreno? Se assim é então o segway terá naturalmente sucesso.
.

.
António Aguiar da Costa