Expresso, 16 de junho de 2007 : "1/5 dos esgotos de Lisboa vão directos para o Tejo"
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Esta notícia levou-me a pensar no Aeroporto de Lisboa. A questão da avaliação do impacto ambiental não pode, quanto a mim, ser feita independentemente da situação ambiental global do país.
Isto é, que interessa ter um aeroportorto super optimizado em termos ambientais, e que por isso levou a gastos adicionais de milhões de euros, quando os esgotos de 1/5 da população de Lisboa ainda vão para o Tejo? Será que devemos encarar cada nova obra como um começar de novo ou como uma decisão envolvida pelo contexto presente?
Quanto a mim deve existir uma continuidade estratégica na avaliação ambiental e um reconhecimento de que o dinheiro permite efectivamente reconversões importantes do passado e por isso o peso de impactos presentes pode ser atenuado por melhoramentos significativos de outros impactos já existentes.
Assim, se uma opção de projecto pode significar a destruição de alguns hectares de sobreiros, por exemplo, o que me parece honesto avaliar é se o dinheiro poupado nesta opção permite trazer uma futura mais valia ambiental superior ao impacto criado, mesmo que não directamente relacionado.
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Antonio Aguiar da Costa
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