O autocarros são identificados por um número, suficiente para alertar qual a sua rota aos atentos passageiros que esperam na estação, no entanto, este número possui fragilidades quando está em causa a informação perante qualquer transeunte, ou até uma informação a distância mais considerável. A necessidade de informar qualquer transeunte pode, a meu ver, representar um alerta importante para as potencialidades do serviço.
O que está em causa é a capacidade, por parte do sistema de autocarros, de informar e de se aproximar das pessoas na sua globalidade. Imaginando que um autocarro, em vez de um número pouco perceptível e memorizável, apresenta uma pintura com uma combinação de cores específica, é fácil entender que a chamada de atenção será potencializada. Quando esta combinação de cores começasse a ser identificada por qualquer um de nós, em trajectos que normalmente fazemos, seriamos alertados para a possibilidade de existir um serviço que percorre o nosso percurso normal, situação que julgo que iria surpreender muita gente pois muitos de nós não teve a preocupação de saber se existe algum algum autocarro que faça o trajecto casa-trabalho, por exemplo, e não é através dos números de identificação que se vêem na rua que se faz essa associação.
Nenhum de nós se identificará perante outra pessoa através do seu número BI, e a forma de vestir e de falar é preponderante no efeito produzido sobre a outra pessoa porque dá uma ideia da forma de ser, de agir e até dos próprios interesses. É esta maior proximidade e facilidade de identificação que está em causa. A identificação dos autocarros deve ser mais simples, mais intuitiva e implicar a criação de um maior carisma perante todos. Qualquer transeunte deve, aos poucos, familiarizar-se com os autocarros que se movimentam nos trajectos que usualmente faz para que, de forma gradual e natural, comece a familizarizar-se com a rotas que lhe poderão ser úteis. Este conhecimento gradual é estimulado não pela identificação dos autocarros com números, que dificilmente chamam à atenção ou são dificilmente memorizáveis, mas através de combinações de cores que poderão ajudar as pessoas a fazer as associações necessárias para, aos poucos, perceberem quais as rotas que lhes poderão ser uteis.
Nenhum de nós se identificará perante outra pessoa através do seu número BI, e a forma de vestir e de falar é preponderante no efeito produzido sobre a outra pessoa porque dá uma ideia da forma de ser, de agir e até dos próprios interesses. É esta maior proximidade e facilidade de identificação que está em causa. A identificação dos autocarros deve ser mais simples, mais intuitiva e implicar a criação de um maior carisma perante todos. Qualquer transeunte deve, aos poucos, familiarizar-se com os autocarros que se movimentam nos trajectos que usualmente faz para que, de forma gradual e natural, comece a familizarizar-se com a rotas que lhe poderão ser úteis. Este conhecimento gradual é estimulado não pela identificação dos autocarros com números, que dificilmente chamam à atenção ou são dificilmente memorizáveis, mas através de combinações de cores que poderão ajudar as pessoas a fazer as associações necessárias para, aos poucos, perceberem quais as rotas que lhes poderão ser uteis.
António Aguiar da Costa
4 comentários:
Caro António,
Em primeiro lugar os meus parabéns por este espaço de reflexão e partilha de ideias que visito com frequência.
A ideia que apresenta neste artigo é muitíssimo interessante e, tal como a expõe, parece-me uma forma inteligente de, por um custo relativamente baixo, potenciar a utilização de transportes públicos nas cidades.
Assim, o meu conselho é que a partilhe com empresas de transportes urbanos e pessoas com responsabilidade neste domínio.
Felicidades e continue o bom trabalho!
Cara Diana,
Obrigado pelo comentário. O feedback é muito importante para que as ideias possam passar a actos, agradeço por isso a sua participação neste blog.
Espero que apareça mais vezes, para comentar ou postar.
cumprimentos
A ideia de colorir um autocarro é boa, e facilitaria muito a vida utente, mas...
Colorir um autocarro por completo?:
- o servico para a empresa deixa de ser generico, um autocarro só poderia efectuar um determinado servico. Uma vez que os autocarro nao sempre estão disponivel (Avarias, Revisoes etc), o numero de viaturas necessario seria maior, pois era necessario garantir que a procura era correspondida e ainda manter algumas viaturas de reserva para cada servico.. Se hoje ja é complicado para as empresas gerirem a sua frota, e conseguir obter lucro, imagine o que seria ter sempre um numero de autocarros para cada rota parado.
a empresa poderia considerar nao pintar o autocarro e so apenas aquele painel com o destino e numero, mas isso implicava uma revisao de toda a sua frota (carris conta com 758 autocarros...)
A ideia das cores é boa, mas para alem das cores seria necessario apresentar padroes, por exemplo, as bolas, etc.. pk se considera mos que a carris tem 95 carreiras, ja pensou o que seria arranjar uma cor (e distinta para cada rota) é chato ter que saber se era o laranja claro ou o laranja escuro que passa ao pe de casa.
[[]]
isto tudo para dizer, que mesmo que seja complicado de realizar, tem razao quando diz que deviamos identificar mais facilmente as rotas e nao por numeros.. ate porque acho que o cerebro relaciona melhor cores do que numeors (isto nao sei se e verdade, mas é capaz de ser... )
cumprimentos
Caro Kermit obrigado pelo comentário.
Quanto à difícil tarefa de "pintar" os autocarros, julgo que se houver vontade de o fazer será fácil encontrar uma solução.
Por exemplo, não é raro vermos os autocarros completamente "tapados" por publicidade, porque não obrigar a que esses "cartazes" tenham padrões de cores obrigatórios?
Por outro lado essa publicidade vai mudando o que permite alguma flexibilidade na gestão da frota (reconheço que este ponto pode ter limitações).
Quando referi a questão das cores pensava em padrões exactamente devido à questão que referiu.
A solução das cores apenas no painel dos números julgo que não permite atingir os resultados que julgo importantes, a visualização a distâncias mais elevadas ou a personalização das rotas.
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