terça-feira, maio 22, 2007

Estado é quem mais investe nos SIG

Além das instituições estatais, também as empresas de telecomunicações, banca e utilities começam a recorrer aos serviços georreferenciados disponibilizados a partir da Internet.
Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são uma importante ferramenta de apoio à tomada de decisão e servem de complemento a várias outras aplicações, como sistemas de gestão integrados, business intelligence ou aplicações customer relationship management.

Das inúmeras vantagens que se podem enumerar à utilização dos SIG, a valorização da informação sobre o território nacional para a criação ou implementação de legislação nas mais diversas áreas é um dos factores de destaque. É importante que um Estado conheça a realidade do seu território ao detalhe. Só desta forma é que em muitas situações é possível actuar em conformidade com o interesse público.


Talvez por reconhecer a importância dos metadados é que, em finais de Novembro de 2006, o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu chegaram a um acordo sobre a directiva INSPIRE (Infrastructure for Spatial InfoRmation in Europe). Através desta directiva comunitária pretende-se promover a disponibilização de informação de natureza espacial, capaz de ser utilizada na formulação, implementação e avaliação das políticas da União Europeia. Por isso, o INSPIRE estabelece um enquadramento legal para a criação gradual e harmonizada de uma infra-estrutura europeia de informação geográfica. Esta iniciativa incide, numa primeira fase, nas necessidades de informação geográfica para políticas ambientais. Ao tratar-se de uma iniciativa de natureza intersectorial, a Comissão Europeia acredita que a sua aplicação irá expandir-se gradualmente para outros sectores de actividade – como a agricultura ou os transportes – à medida que outros serviços da Comissão passem a participar na iniciativa.Ao abrigo da directiva INSPIRE, a informação geográfica proveniente de diferentes fontes deve poder ser combinada de forma transparente, através de todo o território europeu, e partilhada por diversos utilizadores e aplicações. O Sistema de Informação Geográfica Nacional (SIGN) defende que essa informação deve ser partilhada a vários níveis para permitir a análise detalhada e geral dos dados para objectivos estratégicos. A informação geográfica de suporte à actividade governamental, a todos os níveis, deverá ser abundante e disponível sob condições que não restrinjam o seu uso generalizado.Segundo as regras propostas pela directiva INSPIRE, os dados geográficos disponíveis têm de ser facilmente identificáveis, devendo permitir realizar uma análise rápida à sua adequabilidade para um determinado uso, bem como as respectivas condições de acesso e utilização. Nesse sentido, a informação geográfica deve tornar-se cada vez mais perceptível e fácil de interpretar por se encontrar devidamente documentada e por poder ser visualizada no contexto adequado, ou seja, de forma amigável para o utilizador.



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