terça-feira, abril 03, 2007

Portugal gera 4,4 milhões de toneladas de resíduos de construção

Perto de um terço (32 por cento) de todos os resíduos produzidos anualmente nos países da União Europeia (UE) provêm da construção e demolição de imóveis.
A revelação, feita esta segunda-feira pelo ministro do Ambiente e Ordenamento do Território, Francisco Nunes Correia, surgiu durante o lançamento do livro «Ambiente e Construção Saudável», da autoria de Francisco Nunes Correia, que decorreu em Lisboa.
De acordo com o responsável pela pasta do Ambiente, estes 32% de resíduos representam 100 milhões de toneladas por ano, sendo que Portugal produz 4,4 milhões de toneladas
«Podem-se considerar resíduos banais, mas parte desses resíduos ainda hoje são colocados em despejos ilegais», acrescentou o ministro.
«A reciclagem pode reduzir em 10% este valor de resíduos, mas na UE apenas se reciclam 25% face a todo o seu potencial e em Portugal este valor é ainda mais baixo», sublinhou Francisco Nunes Correia.
O ministro defendeu também a importância da componente ambiental em todos os processos de construção de imóveis: «Esta temática não tem tido o destaque que merece. Dá-se relevância aos estudos de impacto ambiental, mas não se aproxima o ambiente no contexto da indústria de construção», reconheceu o ministro do Ambiente.

8 comentários:

Anónimo disse...

Ao ler notícias deste calibre é caso para perguntar: Onde anda a engenharia?

António Aguiar da Costa disse...

é verdade hbaptista! talvez um dia consigamos reinventar a Engenharia ;)

Anónimo disse...

Um professor do IST apresentou no início desta semana um livro sobre construção sustentável. Seria interessante ver um post sobre a abordagem que ele fez a esse tema. Não me recordo do nome do professor, mas sei que a apresentação foi no antigo pavilhão de portugal na Expo.

António Aguiar da Costa disse...

Lembrança interessante.
O livro apresentado intitula-se "Ambiente e Construção Sustentável" e é de autoria de Manuel Duarte Pinheiro, professor do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura do Instituto Superior Técnico. Já tive oportunidade de referir este Professor neste blog, a respeito da certificação ambiental(setembro 2006).


Refere o site da Ordem que o "livro apresenta as abordagens e estratégias a considerar na procura da criação de um ambiente construído saudável, baseado nos princípios ecológicos, e que estabelecem os critérios para uma construção sustentável".

Num post posterior tentarei aprofundar um pouco mais o seu conteúdo.

Anónimo disse...

Estou a fazer um trabalho de investigação na área de Gestão de Residuos de Construção, área que começa a dar os seus primeiros passos. Em Portugal ainda não existe uma cultura de reciclagem, como por exemplo na Dinamarca onde a reciclagem dos RCD atinge os 90% visto não terem inertes, como tal tem de fazer pela vida. Pelo que sei, está-se a trabalhar para uma legislação especifica sobre os RCD. Por enquanto temos de viver com a que existe ( para todos os residuos). Outra problemática é a sua deposição, visto neste momento estar a ser feia ilegalmente, ou então junto dos RSU.
Está ai uma área que nos próximos anos dará muito que falar.

Cumprimentos

António Aguiar da Costa disse...

Jacinto,
concordo que esta é uma área que vai dar que falar e por isso é um tema que interessa a este blog.
Seria interessante poder partilhar neste blog um pouco mais a sua experiência neste área.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro António

Em primeiro peço-te para por favor não me tratares como se fosse uma pessoa mais velha( devo ser mais novo que tu!! lol).

em relação ao tema, certamente que há muito para dizer, para escrever e por ai além.
Penso que para a situação se alterar é necessário uma legislação bem preparada, com poucas ou nenhumas lacunas (porque todas sabemos como é o Português)de a não ser posta em causa. Em segundo é necessário haver vontade das empresas e das equipas técnicas e do dono da obra, digo isto porque certamente se lhes propuserem fazer um plano de gestão algo ambicioso no estaleiro, tal como separar os resíduo na fonte, ter uns pequenos bidões, latas de tinta para eles colocarem cada um o seu resíduo separado( argamassa em um, tijolo em outro) e depois leva-lo para big-bags, ou contentores também separado, o empreiteiro/dono de obra/ equipa técnica certamente irá dizer que não querem porque vai atrapalhar, ou então o que é mais ridículo é que não querem assim porque os trabalhadores não querem ( claro que nem lhes perguntaram, nem deixaram perguntar nem falar com eles). Mas mesmo que se faça esbarramos em outro obstáculo, como para que fazer a separação para reciclar se não temos operadores de resíduos especializados, não temos sitio para os reciclar/ valorizar e mesmo que haja é necessário que esses agregados resultantes (mesmo para pavimentação de caminhos rurais) terem de ser submetidos a ensaios a realizar em um laboratório especializado que certifique a qualidade de tal material.

Como vêm há um longo caminho a percorrer.

peço desculpa se o português não estiver muito famoso.
Quando tiver oportunidade deixarei um novo comentário a falar de outros aspectos.

Cumprimentos. e já agora visitem
http://engenhariacivil.wordpress.com/

Anónimo disse...

Prezado Amigo,

Meu nome é Antonio Sergio, 50 anos, pequeno empresário brasileiro há 28 anos na construção civil.

Tenho uma proposta para aproveitar resíduos plásticos e produzir placas/painéis a serem utilizadas largamente na construção civil e em outros setores, principalmente em casas econômicas industrializadas, pois temos um deficit de 7,9 milhões de moradias no Brasil.

Desejo contactar com investidor empresário Português para implantar unidade fabril no Brasil e posteriormente em outros países. Estou plenamente convicto que tenho uma solução inteligente para 100% dos resíduos plásticos.

No aguardo de seu contacto,

Antonio Sergio Sedorio da Silva - [55](47)-9903-1473 ou sergio@bam.ind.br - Joinville-SC - BRASIL