segunda-feira, abril 23, 2007

Ligações à rede eléctrica


Enquanto a temática das ligações à rede para fornecimento de energia não é ainda muito clara, apresentando-se pouco consistente em termos práticos, aqui ficam algumas perguntas e respostas que podem contribuir para divulgar o assunto.


Instalações de ligação à rede - o que são?

São instalações fotovoltáicas ligadas directamente à rede pública de distribuição (REN). Toda a energia produzida é injectada directamente na rede. Podem ser ligadas à rede de Baixa Tensão, se a potência instalada for inferior a 100KWp.

Posso vender à EDP a energia injectada na rede?

Sim. Primeiro deverá obter a licença de Produção em Regime Especial, na Direcção Geral de Geologia e Energia (DGGE). O processo de obtenção desta licença é regulado pelo DL 312/2001.

Posso consumir a energia produzida e vender apenas o excesso?

Pode, mas este sistema de productor/consumidor tem uma remuneração muito baixa (± 0,30 €/KWh). Investimentos na ordem de 30.000,00 € para uma potência de 5 KW nunca são amortizados em menos de 30 anos, contando com os preços de compra no mercado actual.
Deve vender a totalidade da energia produzida. A instalação de consumo mantém-se inalterada. As suas necessidades de consumo devem ser satisfeitas pela rede pública.
Também não existe "acerto" de facturas. Paga a factura de consumo na totalidade e envia uma
factura relativa à energia injectada na rede.

Um condomínio pode ser proprietário de um sistema "grid connected"?
Sim. Os condomínios são entidades com "corpo" jurídico e fiscal.

Por que preço é que a EDP me compra a energia? Durante quanto tempo?
Depois de obtida a licença de produção em Regime Especial, já está em condições d celebrar o contrato com a EDP. O preço de venda à EDP é regulado pelo DL 168/99, com as alterações previstas no DL 339-C/2001 e mais recentemente no DL 33-A/2005.Para instalações até 5KWp, o preço actual do KWh é de ± 0,56 Euro. Este valor é actualizado mensalmente, de acordo com o IPC (no continente, sem habitação). Os contratos têm limitação de 15 anos,
sendo negociados novamente depois deste período.

Qual é o tempo de vida útil de uma instalação "grid connected"?
No mínimo, 20 anos. Este é o valor considerado quando se pretende quantificar a valia económica destes equipamentos. No entanto, é consensual entre os especialistas nesta área que um sistema fotovoltáico "grid connected" poderá durar pelo menos 40 anos. A maioria dos fabricantes de módulos garante o seu funcionamento por, pelo menos, 20 anos.

Que cuidados é preciso ter? E necessária manutenção periódica?
Não são necessários cuidados especiais. O sistema não possui peças móveis, pelo que a manutenção é mínima ou inexistente. O único "trabalho" consiste em fazer a leitura do contador
- no último dia de cada mês - e enviar a factura à EDP.

Em quanto tempo se recupera o investimento inicial?
O preço de referência de uma instalação "grid connected" é de 6 Eur / Wp. Em Portugal pode produzir até 1500KWh / KWp instalado. Em menos de 7 anos terá recuperado o seu dinheiro.

quarta-feira, abril 18, 2007

Casas vão ter certificado de eficiência energética obrigatório

Já a partir de Julho, todos os novos edifícios com mais de 1.000 metros quadrados (m2) só poderão ser licenciados e construídos mediante declaração de conformidade regulamentar com a nova lei de eficiência energética dos edifícios revela o director-geral da Direcção Geral de Geologia e Energia, Miguel Barreto, em entrevista ao Jornal de Negócios.

A partir de 2009, esta exigência vai ser alargada a todas as casas, mesmo as mais antigas, construídas antes da nova legislação. "Quando uma pessoa quiser vender ou arrendar uma casa, vai ter de ter um certificado energético, que vai influenciar o valor do imóvel", explica o responsável, esclarecendo que "quem compra ou arrenda vai passar a saber se é uma casa do tipo A, B, C ou D, ou seja, quanto é que consome de energia, numa lógica semelhante à actual dos frigoríficos e outros equipamentos domésticos".

A nova lei vem substituir os regulamentos em vigor desde 1989, que é considerada pela DGGE como avançada, mas que não era controlada, devido à falta de mecanismos e formas de fiscalização. "Agora tornaram-se os critérios de regulamentação mais exigentes e criou-se um sistema de certificação para determinar se essa casa cumpre ou não os requisitos", precisa.

sexta-feira, abril 13, 2007

Inteligência colectiva no seio da complexidade


Já há muito se diz que a união faz a força. O que não se diz tanto é que esta força pode ser bem maior que a soma das partes.
Esta sinergia reside essencialmente na existência de uma inteligência colectiva, na capacidade de auto-aprendizagem das organizações e de certa forma na teoria evolucionista que deve abranger a organização no seu todo.

Actualmente, com o surgimento da teoria da complexidade, que encara a maior parte das organizações como sistemas complexos que, à semelhança da natureza, são caracterizados por situações imprevisíveis, iterativas, muitas vezes caóticas e sem padrões aparentes e muito dependentes da psicologia das organizações, tem surgido maior preocupação pela análise da complexidade das organizações e pela gestão em complexidade.

Deve realçar-se que é inevitável a consideração do factor social no seio das organizações. Uma qualquer empresa que possua profissionais na sua estrutura não pode ser gerida como uma simples máquina. Esta é, aliás, uma das principais críticas à tão elogiada técnica de gestão lean production, responsável pela produtividade e eficiência do sector automóvel japonês. A elaboração de um sistema de produção tão perfeito em termos de mecanização, automatização e linearidade transformou os intervenientes humanos em peças sem liberdade criativa, social ou emocional, e acima de tudo nas únicas peças da máquina que falham. Uma pesada responsabilidade, a constante tentativa de tentar atingir o desempenho da máquina. Nos últimos anos o Japão tem sentido a fragilidade desta filosofia de gestão através dos inúmeros casos de problemas sociais no seio das empresas.

A tudo isto acrescenta-se o surgimento explosivo das tecnologias da informação, que têm mudado o funcionamento do mundo, transformado a sociedade e a os conceitos de desenvolvimento e evolução. Deve notar-se a este respeito que hoje a gestão do conhecimento, a criatividade e o desempenho organizacional começam a sobressair relativamente às produções massivas e automatizadas. Talvez seja possível arriscar que nos próximos anos esta tendência acentuar-se-á.
Aproveitar ao máximo o conhecimento, a colaboração, a interactividade num contexto de dinamismo e intensidade requer então um sistema menos automático mas mais explosivo, com as suas instabilidades mas atingindo desempenhos colectivos a níveis máximos. A complexidade deste sistemas é evidente. A necessidade de encarar como uma evidência á inevitável.

Ao longo dos anos testemunhamos constantes simplificações em tudo o que apresentava complexidade. Esta forma de encarar os problemas sempre serviu perfeitamente as necessidades de se obterem desempenhos cada vez melhores.
Acho que se pode dizer que hoje em dia a melhoria de desempenho que se pretende atingir apresenta um problema grande: o de eliminar todas as simplificações feitas e encarar a sua complexidade como potencialidade do sistema.

Antonio Aguiar da Costa

quarta-feira, abril 11, 2007

Adobe Acrobat 3D

A 3ª dimensão faz definitivamente parte do presente da informação digital. O desafio agora é introduzir a 4ª dimensão, o tempo, criando-se modelos dinâmicos interactivos cada vez mais próximos da realidade.

Neste contexto a Adobe, empresa criadora do reconhecido formato pdf, introduziu uma interessante inovação que vai de encontro precisamente a esta tendência de globalização da 3ª e 4ª dimensão da informação digital.

A respeito desta inovação a Adobe apresenta um exemplo de aplicação desta inovação
aqui ou aqui.

Para mais informações recomendo a visita ao site da
Adobe Acrobat 3D.

quarta-feira, abril 04, 2007

Imagem solta


Praga - Dancing House (Architect Frank Gehry)

As maiores pontes do Mundo

Quem tiver curiosidade pode ir dar uma espreitadela ao ranking das maiores do Mundo. Clicar aqui.

terça-feira, abril 03, 2007

Portugal gera 4,4 milhões de toneladas de resíduos de construção

Perto de um terço (32 por cento) de todos os resíduos produzidos anualmente nos países da União Europeia (UE) provêm da construção e demolição de imóveis.
A revelação, feita esta segunda-feira pelo ministro do Ambiente e Ordenamento do Território, Francisco Nunes Correia, surgiu durante o lançamento do livro «Ambiente e Construção Saudável», da autoria de Francisco Nunes Correia, que decorreu em Lisboa.
De acordo com o responsável pela pasta do Ambiente, estes 32% de resíduos representam 100 milhões de toneladas por ano, sendo que Portugal produz 4,4 milhões de toneladas
«Podem-se considerar resíduos banais, mas parte desses resíduos ainda hoje são colocados em despejos ilegais», acrescentou o ministro.
«A reciclagem pode reduzir em 10% este valor de resíduos, mas na UE apenas se reciclam 25% face a todo o seu potencial e em Portugal este valor é ainda mais baixo», sublinhou Francisco Nunes Correia.
O ministro defendeu também a importância da componente ambiental em todos os processos de construção de imóveis: «Esta temática não tem tido o destaque que merece. Dá-se relevância aos estudos de impacto ambiental, mas não se aproxima o ambiente no contexto da indústria de construção», reconheceu o ministro do Ambiente.