quarta-feira, outubro 31, 2007

QREN - Incentivos às empresas



O Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros nº 86/2007, de 3 de Julho de 2007, nos termos em que foi acordado entre as autoridades portuguesas e a Comissão Europeia, estabeleceu uma profunda reforma dos sistemas de incentivos orientados para o investimento empresarial no sentido de assegurar uma maior selectividade na sua gestão e com o objectivo de os concentrar nas prioridades definidas para um crescimento económico sustentado na inovação e no conhecimento.
Com aquela finalidade foram estabelecidos três sistemas de incentivos de base transversal: o Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (SI I&DT), o Sistema de Incentivos à Inovação (SI Inovação) e o Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de PME (SI Qualificação de PME). Estes três sistemas de incentivos transversais poderão ser objecto de ajustamento específico em casos de comprovada necessidade para a concretização de determinadas estratégias de desenvolvimento, designadas de "estratégias de eficiência colectiva". No QREN, a estratégia relativa aos sistemas de incentivos para o investimento empresarial é concretizada através da intervenção do Programa Operacional Factores de Competitividade (investimentos de médias e grandes empresas) e dos Programas Operacionais Regionais do Continente (investimentos de micro e pequenas empresas).
ver mais aqui.

Guia de Boas Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)


Da autoria da Prof. Maria do Rosário Partidário, o "Guia de Boas Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica", foi lançado no passado dia 18 de Outubro, pela Agência Portuguesa do Ambiente.
Este Guia destina-se a ser utilizado pelos diversos sectores que em Portugal devem implementar os requisitos legais de avaliação ambiental de planos e programas, estabelecidos através do Decreto-Lei nº 232/2007 de 15 de Junho, que transpõe a Directiva Europeia 2001/42/CE de 25 de Junho.


segunda-feira, outubro 22, 2007

Últimos livros comprados

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Gribbin, John (2005) História da Ciência - de 1543 ao presente, Publicações Europa-América, Lda (tradução Portuguesa)
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Conhecer o desenvolvimento da história da ciência é inevitável para quem quer fazer ciência ou se interessa por ela.

O desenvolvimento das metodologias de investigação são, por exemplo, uma evidência da evolução do processo de fazer ciência, e estão subjacentes a qualquer descoberta ou inovação actual. Hoje em dia existem processos bastante rigorosos e precisos de investigação, facto que outrora era desvalorizado ou inexistente, sendo até muitas vezes influenciado por crenças e mitos, situação hoje em dia fora de questão.

Mas a história da ciência transmite-nos bastante mais informação para além desta. Possibilita, por exemplo, a formação de uma percepção evolucionária da ciência e das suas características complexas, que marcaram as grandes descobertas. A evidência de uma "mão invisível" (tal como Adam Smith percebeu existir na Economia) que surge naturalmente nos maiores enigmas e dificulta a interiorização de uma ciência completamente racional. Existe um equilíbrio inerente aos fenómenos que, talvez, nem sempre será possível definir a sua razão. A este respeito é interessante referir por exemplo a aplicabilidade da lei da potência a inúmeros fenómenos, entre eles à formação de avalanches, à distribuição de terremotos ou até aos crashes da bolsa! (ver mais aqui e aqui).

A história alerta-nos inevitavelmente para o carácter evolucionário da vida e, por isso, da ciência, tal como nos sensibiliza para a auto-organização crítica inerente a essa mesma evolução.

Os próximos livros vêm exactamente no seguimento da temática dos sistemas complexos, o primeiro numa perspectiva de modelação computacional do comportamento social do ser humano (comportamento complexo) e o segundo no âmbito de um aprofundamento dos fenómenos complexos da natureza, questionando a relação complexidade vs simplicidade.
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Miller, John H.; Page, Scott E. (2007) Complex adaptive Systems - An introduction to computational models of social life, Princeton, New Jersey
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Gribbin, John (2005) Deep simplicity: Chaos, Complexity and the Emergence of Life, Penguin Books, England

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quinta-feira, outubro 18, 2007

Inspired by nature

Biomimicry (ou biomimética) é uma ciência relativamente recente que procura imitar a natureza na resolução dos problemas. Assume-se como ciência transversal, abrangendo todo o tipo de áreas científicas.
No campo da programação e sistemas impulsionou, por exemplo, o surgimento das redes neuronais ou os algoritomos genéticos. No seio da engenharia inspirou um inovador sistema de pré-esforço apicável ao processo de construção de pontes, já referido neste blog e por exemplo ao nível da gestão e das organizações tem também alertado para a complexidade dos sistemas e a inevitabilidade de encarar a sua interactividade, dinamismo e auto-organização. Vale a pena estar sensibilizado para esta nova ciência.


ver também TEDtalks

terça-feira, outubro 16, 2007

Conferência europeia sobre eLearning


Decorre neste momento a conferência europeia sobre eLearning (dias 15 e 16 de Outubro), no Centro de Congressos de Lisboa. Existe a possibilidade de se acompanharem as intervenções em tempo real através do site www.elearninglisboa.com (deve seleccionar-se, então, "Transferência em directo" no menú).
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A iniciativa é bastante interessante e estimulará concerteza as plataformas digitais no âmbito da comunicação e aprendizagem nas suas mais variadas vertentes. O desafio é tornar mais "plano" o acesso à informação e aproximar os intervenientes da difusão do conhecimento. Aborda-se ainda o impacto social e económico que poderam ter estes tipos de plataformas, estando elas equilibradas entre a coesão social e a virtualização do ensino.
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O elearning, quanto a mim, deve levantar dois pontos relevantes: um relativo à importância das novas tecnologias e da estratégia que deve ser desenvolvida para a implementação de plataformas electrónicas, que deve abranger uma inevitável análise da metodologia de ensino e relação entre intervenientes, e outro relativo à tentação inerente à excessiva virtualização de todo o processo, que deve ser controlada através de mecanismos tecnológicos.
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Antonio Aguiar da Costa

Conclusão do novo aeroporto voa para 2027 se a opção for Alcochete

2027 pode ser o ano de abertura do novo aeroporto internacional de Lisboa caso o primeiro-ministro, José Sócrates decida construir a infra-estrutura em Alcochete. Ou seja, mais dez anos do que estava previsto para a Ota.
Contas feitas ao programa de trabalhos que a Naer, empresa responsável pelo projecto, tinha elaborado para a Ota, a conclusão que se extrai é que entre o estudo de impacto ambiental (cuja duração é de dois a três anos), estudos complementares e outros, lançamento do concurso, criação de um "lay-out", design e adjudicação da obra, decorreria um período de seis anos.
A construção pode demorar cerca de 10 anos e ainda há que contar com um período de testes, além das ligações ao TGV e da execução das assessibilidades terrestres. E por fim, o Governo teria que submeter a Bruxelas um novo pedido para os fundos comunitários, que foram inscritos a pensar na localização na Ota.
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quarta-feira, outubro 10, 2007

Top Criteria for BIM Solutions

This report captures the detailed results of the survey “Top Criteria for BIM Solutions” that AECbytes conducted earlier this summer on behalf of a leading BIM vendor. It is a comprehensive report that analyzes the inputs of over 650 AEC professionals who took the time to provide their feedback on what they want from BIM.
in AECbytes

A realidade virtual como ferramenta de apoio à decisão, aplicada à concepção e manutenção de infra-estruturas

Um modelo de realidade virtual permite interacções virtuais com espaço e o tempo e também com critérios de decisão, no caso das infraestruturas, materiais a utilizar e respectiva vida útil, fiabilidade dos materiais, tipo de ligação existente entre eles (série ou paralelo), tipo de acções de conservação a levar a cabo e planos de manutenção a implementar. As interacções dentro do modelo virtual são efectuadas através de informação visual, no entanto, é possível a ligação do modelo virtual a algoritomos de cálculo que poderão proporcionar opções mais avançadas de simulação. Neste sentido, a existência de uma ferramenta de simulação e análise, possibilita não só o controlo visual da ocupação espacial da infra-estrutura, mas também o controlo visual do seu estado físico e da relação entre os diferentes elementos que a constituem, que terão características próprias e que funcionarão ou não em conjunto com outros elementos de características possivelmente distintas.
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Num modelo de simulação de apoio à manutenção cada elemento do cenário virtual deve ter associada a informação relativa ao seu estado de desgaste/conservação em função da variável tempo. Deste modo, quando o utilizador, após um determinado período, interage com o modelo virtual, é identificado/visualizado o grau de desgaste previsível do material de cada elemento e assim poder julgar das opções de planeamento que possam ser aplicadas.

A realidade virtual permite que a decisão seja baseada na possibilidade de visualização de toda a infra-estrutura, permitindo walkthroughs e variados tipos de interactividade visual, por forma a que, neste caso, a decisão de manutenção e conservação tenha uma componente visual bastante real e de fácil compreensão. Veja-se que, na prática, a decisão de substituição de um elemento poderá depender da sua situação no espaço (poderá ser de difícil acesso) ou até da existência de outros elementos com tempo de vida útil similar, que se situam juntos, e que por isso poderão ser substituídos ao mesmo tempo. Em qualquer das análises feitas a componente visual é decisiva. Na realidade virtual esta componente adquire uma potencialidade enorme pois a percepção da realidade é bastante simples e elucidativa, eliminando-se por exemplo as complexidades inerentes aos desenhos bidimensionais comuns.
Para além desta componente visual e interactiva referida anteriormente, um modelo virtual permite a gestão da infra-estrutura, simulando a necessidade de tomada de decisões ao longo do tempo, o surgimento de alertas, aconselhamentos, permitindo a amostragem das características dos materiais utilizados, possibilitando até a sua substituição. Digamos que na prática o modelo virtual funciona como suporte de gestão e interacção.
Por outro lado, a realidade virtual surge como uma solução de integração tecnológica[ii] que possibilita a designers, projectistas, construtores e decisores a análise global de um projecto, a detecção mais fácil de problemas de projecto, representando uma ferramenta favorável à escolha de melhores soluções de concepção. Assim é possível imaginar que um modelo de realidade virtual poderá ser útil desde o início da concepção, devendo aconpamanhar todo o ciclo de vida do projecto e permitindo a integração de todos os intervenientes num ambiente virtual simples e interactivo.Num futuro próximo a realidade virtual funcionará como uma ferramenta de apoio à decisão, simulando o ciclo de vida da infra-estrutura, apoiando o utilizador nas decisões a tomar tanto ao nível do projecto (escolha de materiais a utilizar) como durante a fase operacional da infra-estrutura. A própria demolição poderá ser simulada, permitindo um estudo visual da sequência de demolição.
Ao longo das diversas decisões a tomar, os modelos de simulação da realidade interagem através de alertas e aconselhamentos, elaborando, no final, um relatório de análise económica relativo às decisões tomadas, e abordando as possibilidades de melhoria do plano das decisões.
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Antonio Aguiar da Costa
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[i] Rad, Hosein N. and Khosrowshahi, Dr. Farzad, Visualization of Building Maintenance through time, IEEE Conference on Information Visualization ‘97
[ii] Issa, Raja R.A. , Virtual Reality: A solution to seamless technology integration in the AEC Industry?, Berkeley-Stanford CE&M Workshop